terça-feira, 31 de maio de 2011

Observações sobre Pré-Olímpico Feminino no RJ

Às vezes, nós ibéricos somos acometidos de saudade.

Esta se revela de diversas formas.  Tive um desses acessos e voltei a reler o passado desse blog.

Eis que me deparo com o seguinte texto:

domingo, 25 de abril de 2010
Pré-olímpico feminino
Terminou o pré-olímpico feminino neste domingo.
Não sei como foram decididas as formações anteriores do Brasil, mas, me parece que a opção adotada foi um tremendo sucesso.
O xadrez feminino necessita de maior apoio institucional da CBX para poder sonhar em atingir o patamar de países limítrofes.
Primeiramente, um número maior de competições torna-se necessário. Nesse sentido, o pré-olímpico vem minorar a lacuna.
No Rio de Janeiro, o xadrez feminino praticamente é inexistente, tal a falta de apoio. Umas poucas que heroicamente tentam manter-se ativa, apesar de tudo contra.
Evidentemente, diante de tamanha diferença de força para os demais países latinoamericanos torna-se necessário que a CBX implemente um trabalho de treinamento para as classificadas, visando dar musculatura e unidade para a equipe.
Blanco

O modelo anterior desdobrou, agora em 2011, num circuito de 6 etapas.

Creio que estamos numa rota feliz, pois a evolução fica evidente a cada etapa disputada.

Todo modelo traz em si vantagens e desvantagens.  Não estamos no mundo ideal, mas, se quebrou a inércia, o que pode ser constatado com a participação de jogadoras que estavam afastadas e até de novatas que se arriscam.

Penso que é uma aposta generalizada: jogadoras, organizadores, clubes e CBX.  Todos visando quebrar a modorra que impede que o xadrez feminino ganhe cada vez mais expressão.  Aos poucos os pequenos incentivos fará com que o xadrez feminino vá crescendo de forma orgânica e perene.

A ALEX em parceria com o CXGuanabara tivemos o prazer de acolher neste último final de semana a segunda etapa do circuito promovido pela CBX.

Todo o esforço foi feito para que as condições mínimas oferecidas estivessem condizentes com o desforço que as participantes fazem para praticar o xadrez:  peças e relógios digitais em todas as mesas, boletins ao final das rodadas, transmissão on line das 4 últimas rodadas, cafezinho, toalha branca, guloseimas, brindes, e atenção a qualquer pedido.

No Brasil somos pouquíssimos clubes exclusivamente de xadrez.  Só existirmos já é algo digno de nota.  E, além disso, toda a estrutura é praticamente centrada no xadrez masculino.  Nos desdobramos para que o resultado fosse digno

Embrionariamente, um futuro mais pujante para o xadrez feminino para estar espocando.

Todos que nos envolvemos nesse último final de semana com o torneio ficamos agradecidos de ver a disposição e a força de vontade para jogar xadrez.  São ações inspiradoras para que melhoremos.

Blanco