sexta-feira, 11 de abril de 2008

VOTO CONTRA e Esclarecimentos

O Sr. Carlos fez algumas ponderações sobre as quais pede comentários.

Carlos disse...
Acompanhei tuas argumentações e li atentamente tudo que escreveste e gostei muito, alem disso a RT, esta muito bem feita, não conheço a fundo a FEXERJ e tudo que tu falas parece fatos realmente verdadeiros e comprovados e sérios, mais resolvi me aprofundar um pouco, e por isso apenas por questão de aprofundar o debate , quero esclarecer três pontos que verifiquei serem verdadeiros:1º É chapa única se tiverem 14 votos contra e um a favor a diretoria esta eleita, e obviamente a AGO pode ou não começar um processo de impedimento e tirar os Eleitos todos ou alguns na próxima AGE que a mesma deveria caso inicia-se o processo marcada para 15 ou 30 dias.2º As assembléias de Federações não é o Lugar próprio para se verificar os documentos que constam no Balanço e quem deve examiná-los é o Conselho Fiscal eleito também, se o parecer é favorável e praxe aprová-las, por lei esses documentos tem que estar disponíveis apos 31 de dezembro e qualquer entidade filiada pode pedir para examiná-los se ninguém pede é por que não tem saco, ou acredita no Conselho Fiscal. Esse fato não é culpa da diretoria;3º A RT tem que ser ponderado alguns fatos, o mais importante e que tu deves ter se esquecido que o Reclamante, é filiado a FEXERJ e é Membro do Conselho fiscal, então obviamente esta subordinado a Legislação desportiva e ao Estatuto da Entidade e tem que provar o vinculo empregatício, ( estes fatos a advogada dele parece não conhecer se conhece é litigante de má fé) e ainda ao que parece é autônomo e contador e o Presidente da entidade não tem poder para demiti-lo a pergunta que faço é a seguinte, a FEXERJ, por seu estatuto não remunera nenhum membro de poder, e todos podem ajudar, não resta duvida que a Justiça do trabalho pode reconhecer o vinculo, mais se isso acontecer provavelmente será o primeiro caso do Brasil, no máximo ele tem uns 30 % de chance de sair vitorioso.Abraços e boa sorte em sua campanha.
Carlos
De antemão, digo que não sou dono da verdade e sempre busquei colocar argumentos que, necessariamente, são contrários ao pensamento corrente e comandante da federação de xadrez.
Isso não quer dizer que eu esteja totalmente certo e eles totalmente errados, só que as visões em "prol do xadrez" são diametralmente opostas.
Vou responder fora de ordem, porque há questões mais simples e fáceis:
Inicialmente, se os 3 fatos apontados pelo Sr. Carlos são verdadeiros, como afirmou, basta que o leitor enfrente a leitura do abaixo escrito e descrito e conclua por si só a validade de tal conclusão.
1º - Ação trabalhista:
a) Dizer que alguém tem 30% ou 1% de chance é complicado e, no meu ponto de vista, irreal;
b) Analisando os autos, o que se vê é que há farta quantidade de provas documentais (o processo até agora tem somente 46 páginas). Fora, evidentemente, as provas testemunhais SE forem necessárias. Sinceramente é uma avalanche;
c) Quando alguém pede vínculo de emprego não há duas defesas possíveis: ou se reconhece ou se nega. A primeira hipótese não causa nenhuma espécie e todos sabem o deslinde; já na segunda, estamos defronte de um caso de tudo ou nada. Se um dos lados não comprovar o seu direito perde TUDO. Não há margem para negociação: um dos lados ganhará. Ressalve-se a hipótese de acordo, mas que não tem haver com o que se expõe. Em suma, ou a Federação ganhará tudo, ou, infelizmente, para o xadrez fluminense em vista de uma atitude irresponsável do dirigente, teremos que arcar com essa conta, pois depois do dano feito ninguém aparecerá em fotos se jubilando para assumir o ônus;
d) O contrato na seara trabalhista é o que se chama de contrato realidade: vale o que se faz e não documentos. Se o sujeito tem subordinação, regularidade na prestação do serviço e exclusividade dentro daquele horário de trabalho, então é considerado empregado, ainda que tenha outras atividades. É comum o sujeito ser taxado como sócio somente para o dono do negócio não pagar direitos trabalhistas. Depois, se verifica que na realidade aquela sociedade era só fachada, então o sujeito pede TUDO e mais um pouco e BINGO, arrasta as fichas todas enquanto o esperto fica conjurando o mundo dizendo que foi injustiçado, era bom patrão, cumpridor do direito, etc;
e) Ser ou não filiado à entidade ou ao sindicato ou ao partido não exime do respeito às leis trabalhistas, então, a ressalva não é pertinente;
f) Bom, como disse acima, o contrato é um contrato-realidade e o exemplo do sócio é suficiente para desqualificar a idéia singela de que o sujeito fazendo parte da direção não poderia ser empregado. Sinceramente, SE isso colar, como mencionastes, bastará a todo empregador colocar seus funcionários como sócios com participação de 0,00000001%, e o estatuto ou contrato social da empresa negar remunerão que todos terão que trabalhar de graça. Se me permite a ousadia na OPINIÃO: acho que isso não vai acontecer.
Em suma, agora é só esperar o dia 29/07/2008 às 11h45min para vermos se as tuas previsões se confirmam. Eu, de meu lado, não tenho dúvidas. Mas, reafirmo, é uma certeza minha baseada na leitura total dos autos.
2º - Chapa única e VOTO CONTRA: Não tenho a menor dúvida que num escrutínio, ainda que em chapa única, se esta não alcançar a votação necessária para se eleger, neste caso, perder para o VOTO CONTRA, não estará eleita e ponto. Não há nem discussão jurídica sobre esse fato.
Logo, o processo terá que ser refeito e, SEM DÚVIDA, isso demonstrará aos clubes que estes podem assumir a condução de suas vidas não delegando a outrem essa tarefa.
Todavia, se os clubes somente se abstiverem, aí, apenas 1 único voto será necessário para eleger qualquer chapa. Mesmo nesse caso haverá dúvida jurídica, mas, sinceramente, se o sujeito acha que está tudo errado e se abstem, ...
3º - Contabilidade: Sr. Carlos, ouso discordar totalmente!!
Talvez o Sr. não saiba o modus operandi dos atuais gestores: eles só encaminham a contabilidade para os clubes na AGO e dão um tempo exíguo para que as pessoas possam se entender com aquele emaranhado de papéis soltos e fora de ordem. Isso para mim é o fim da picada!! Veja o caso do clube de xadrez ALEX que divulga seus balanços e balancetes na internet.
Certamente o Sr desconhece como se dá a eleição da chapa vitoriosa com o atual estatuto: somente o presidente é eleito, sendo TODOS os demais cargos de livre preenchimento e escolha do eleito. Apesar de formalmente haver uma chapa inscrita, tirante o Presidente, todos os demais cargos podem ser alterados quantas vezes este quiser: assim o Conselho Fiscal pode ser desfeito e refeito ao belprazer do condutor da entidade. O Conselho Fiscal NÃO tem qualquer autonomia nesse ambiente.
O Sr avocou a expressão "por lei": ora, se os atuais mandatários da federação respeitassem a lei ipsis litteris, não estaríamos aqui comentando uma ação trabalhista; a eleição teria ocorrido até Março como manda o estatuto e não em Abril; o novo estatuto, que alguns dizem já ter sido registrado, teria sido reapresentado à AGE para que está referendasse o texto final como assim decidiu (isso teria que ter ocorrido até Junho de 2007!!).
Então, esqueça esse "por lei" pois não é respeitada.
Por último, há uma séria contradição no seu discurso: primeiro afirma que parecem que minhas exposições são verdadeiras, mas que verificou 3 fatos verdadeiros.
Espero tê-lo esclarecido de que os 3 fatos que achastes serem verdadeiros, ou não o são ou são totalmente questionáveis!!
Abraços,
Blanco
P.S.: Hoje é o dia da eleição para a federação de xadrez, e, só voltei a este tema porque fui instado a fazê-lo. Mas já que estou por aqui, VOTAR CONTRA é questionar: o por quê da existência de ação judicial trabalhista; o por quê nenhum clube foi oficialmente informado desse fato; o por quê as atas das AGOs não são registradas; o por quê, desde Junho de 2007, o novo estatuto não foi reapresentado para a AGE referendá-lo; o por quê destas atitudes que visam simplesmente demonstrar quem manda e qual o lugar subalterno devem ocupar os clubes.
SE quem tiver direito ao voto não quiser enfrentar estas questões porque não vê nenhum problema nelas ou as acha incabíveis, tudo bem, e como diria o João Saldanha: vida que segue!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Última reflexão e Eleição

Quinta-feira, 10 de Abril de 2008, às 20h28min.

Corria o ano de 2007 e eis que estávamos, num meio de semana, numa AGO da Federação.

É incrível porque nunca marcam tais eventos para datas onde todos podem comparecer: sábados à tarde ou domingos. Sempre e sempre realizados em dias úteis!! Tão simples gesto deve revelar algo substantivo.

Como a federação não tem sede, os locais desses eventos são sempre improvisados!! Nesta AGO de 2007 foi em Jacarepaguá na casa de um árbitro de xadrez. Tudo excelente, fora o desconforto de ver a federação não realizar tão solene ato em suas próprias instalações. Pena!

Bom, como já sabem, aqui estou numa campanha pelo VOTO CONTRA a atual chapa registrada para concorrer à eleição da federação de xadrez.

E o que isto tem haver com o exposto inicialmente ?

Houve um singelo fato naquela AGO: eram 11 os clubes aptos ao voto, e, no tópico “contas da federação” a votação foi: 6 a favor x 5 abstenções!!

E só houve tal resultado porque 1 clube na dúvida preferiu não polemizar, senão teríamos as abstenções superando os votos a favor. É sempre bom lembrar que a abstenção é um voto contra, só que desorganizado, pois o votante acha que ficará isolado na negativa.

Enfim, sem qualquer organização prévia, os clubes acabaram confluindo para a mesma opinião: repúdio aquela prática de amontoar as folhas e obrigar a análise e votação em 5 minutos de matéria fundamental.

Hoje, penso que diante de tantos desmandos, os fatos acabaram calando fundo e os questionamentos começam, aqui e acolá, a ganhar força: atas que não são registradas; estatuto que deveria ter sido apresentado em Junho de 2007 para aprovação e até hoje não o fizeram ou, pior, registraram ao arrepio da AGE; ação judicial trabalhista que irá quebrar as finanças da falida federação (na visão dos próprios condutores da entidade) e sobrará evidentemente para que os clubes arquem com os prejuízos; gastos desmesurados numa final de brasileiro sem qualquer retorno efetivo para os clubes; etc.

Nesse ambiente, VOTAR CONTRA é, em verdade, um pedido de esclarecimentos e a possibilidade de reorganização dos clubes visando construir uma alternativa comprometida com os próprios clubes e não de costas para estes!!

Penso que aquele movimento espontâneo de abstenções, hoje, pode se transformar num VOTO CONTRA consciente.

Se o seu clube estiver na dúvida em qual direção deva ir em prol do xadrez, muito melhor será que as questões fundamentais acima apontadas (ação judicial; estatuto; etc) sejam devidamente esclarecidas primeiramente, e, para tanto, VOTE CONTRA.

O próximo 29/07/2008 será um dia negro para o xadrez deste Estado, não pela má-fé do autor da ação judicial, mas por ser o ápice de uma política que subjuga os interesses dos clubes a interesses que, em realidade, não são os destes.

Seu clube foi consultado sobre a demissão do funcionário ? Em algum momento lhe foi dito os motivos da demissão ? A federação lhe informou que tem sobre si uma espada de dâmocles que é esta ação judicial ?

As respostas são: não, não, Não.

Iriam escamotear os fatos para depois das eleições para que consumada aquela nada mais se pudesse fazer.

Torço para que seu clube não concorde com essa manobra.

Em suma, essa é a última reflexão que visa auxiliar aos dirigentes de clubes a se conscientizarem que cada clube em particular pode fazer a diferença nesse processo de democratização e melhoria deste esporte que é o xadrez através da refundação da federação, sob a direção efetiva dos clubes deste Estado.

Amanhã, sexta-feira, às 20h, na AABB-Tijuca, haverá eleição para a federação de xadrez do Estado do Rio de Janeiro e o seu clube pode ser a diferença entre o processo avançado de esvaziamento e falência da entidade ou um repúdio as práticas antidemocráticas através do VOTO CONTRA.

Blanco

quarta-feira, 9 de abril de 2008

OPINIÃO contrária e VISÃO DA POLÍTICA

O motivo deste texto nasceu de um comentário feito pelo MARCELO em outra mensagem postada.
Desde já agradeço o motivo!
Ele afirmou:
Marcelo disse...
Diz a musica de Geraldo Vandre (Para nao dizer que falei de flores,gravada pelo Taiguara em 1970 - ano que vc nasceu)...."Quem sabe faz a hora nao espera acontecer" . Ja que ninguem se candidatou contra, pq vc nao o fez?
Creio que devo esclarecer aos leitores o meu ponto de vista sobre esse tema.
Eu, DEFINITIVAMENTE, não acredito em salvadores da pátria e nem em projetos pessoais unilaterais quando o bem maior, o XADREZ, está em jogo.
Penso que a única saída para as mazelas do xadrez neste Estado resida num projeto de UNIDADE, vale dizer, discutido e aprovado em consenso pelos verdadeiros atores que devem conduzir esse processo: os CLUBES de XADREZ !!
As vaidades, os projetos pessoais e os interesses menores NECESSARIAMENTE têm que ficar de fora de uma discussão desse nível.
Hoje, apesar dos esforços empreendidos, não há espaço para o visejar dessa cultura, porque, notadamente, os clubes estão a míngua e têm um concorrente de peso: a federação!!
Por que digo isso ?
Em primeiro lugar, basta ver o calendário da federação para perceber que ele visa sufocar as iniciativas dos clubes, pois, praticamente, ocupa todas as melhores datas principais datas disponíveis (feriados prolongados e finais de semana).
Em segundo lugar, à toda evidência, cada inscrição paga à federação representa menos dinheiro disponível pelo federado para manter seus compromissos com seu clube (manutenção).
Fora as acusações, veladas ou abertas, de que fazer evento lado a lado é tentar implodir o evento da federação, o que acaba gerando especulações de que haja movimento político, etc.
Enfim, toma-se, ano após ano, as melhores datas de assalto, restando aos clubes se desdobrarem para realizar eventos em meios de semana.
Nesse quadro, e, paralelamente, precisando inventar soluções para sobreviver, os clubes ficam reféns e são presas fáceis.

Fora isso, há, ainda, a falta de cultura da inter-relação, cooperação, solidariedade e reciprocidade entre os clubes. Toda e qualquer iniciativa é olhada fortemente com desconfiança.

Isso pouco à pouco vem mudando, só não vê quem não quer: não à toa o resultado totalmente inesperado da AGE que alterou o estatuto e retirou a possibilidade escandalosa de reeleições!!

É isso, e, por isso não me candidatei pois só acredito nos clubes como os motores propulsores desse processo de transformação do cenário enxadrístico.

Blanco

P.S.: Há boatos que afirmam que o estatuto reformado que deveria ter sido reapresentado para a AGE desde Junho/2007 para aprovação do texto final, foi diretamente registrado.

É incrível o descaso com os clubes e a necessidade de espezinhar mostrando quem é que manda, tudo para submeter os clubes à interesses menores.

terça-feira, 8 de abril de 2008

ELEIÇÃO e VOTO CONTRA



























Ninguém pode negar que essas idas e vindas da vida colocam as pessoas em posições ingratas: ora estão absolutamente à favor; outras totalmente contra, ou, muito pelo contrário, se escusam em decidir deixando os acontecimentos correrem frouxo.
Quem perde indelevelmente é o xadrez fluminense que ano após ano vai decaindo em prestígio nacionalmente.
Para romper essa lógica é que pregamos o VOTO CONTRA. E mostramos fatos para que ninguém a posteriore possa alegar desconhecimento. Votar apenas porque só existe uma chapa inscrita pode ser um erro que custará caro. Leiam o restante e vejam quanto!!

Alguns alegarão que não poderão fazer o VOTO CONTRA porque não existe alternativa. Pergunta-se: qual a plataforma da chapa que se candidatou ? Somente o continuísmo ? É suficiente ?
O que nos motiva a pregar o VOTO CONTRA a chapa inscrita para disputar a presidência da federação, denominada curiosa e pomposamente de DESENVOLVIMENTO e AÇÃO, de cujos integrantes ninguém sabe a relação, pois a página da federação só divulgou o nome que a encabeça, não é o mero oportunismo.
Muitos podem estar satisfeitos com o que até hoje se produziu. A ninguém é dado o direito de ignorar que algo foi feito. O que se questiona é que com 10 anos de continuísmo, concretamente, muito pouco foi realizado diante do potencial e dimensão do Estado do Rio de Janeiro.
Ao contrário do que se pode criticar, o VOTO CONTRA não representa a aposta no caos, mas uma tentativa de repúdio às políticas que nos levarão a ele. Para quem não sabe, ele já está instalado e ocorrerá, infelizmente, no dia 29/07/2008 às 11h45min.
Por que neste dia ? Ora, para quem não sabe a federação tinha um funcionário benquisto por toda a comunidade: Wallace Machado.
No dia 30/11/2007, essa figura doce e respeitadíssima, com uma larga história no xadrez fluminense, foi EXPULSA das dependências onde a FEXERJ hoje se abriga, que por acaso, são instalações onde o atual presidente tem sua empresa particular.
Então, colocado diante do abismo e de tamanha injustiça, não teve outra atitude que não ingressar com uma ação trabalhista para fazer valer os seus direitos. Essa demanda será julgada no próximo dia 29 de Julho do corrente ano. Para quem desejar verificar o nº do processo é (processo de numeração única) 00107-2008-010-01-00-5 (maiores informações vide em http://trt1-webbanco.trtrio.gov.br/index.htm). As cópias das folhas do processo abriram como denúncia essa mensagem do blog OPINIÃO.
Bom, já sabemos que a federação fez a final do brasileiro com gastos altíssimos para uma entidade falida como costumam apregoar os seus atuais condutores.
Agora, completando com esta demanda judicial, creio que a primeira que esta entidade sofre em toda a sua história, terá a federação, vale dizer, toda a comunidade enxadrística, que arcar com o ônus do processo que, pasme-se, está em R$15.250,00, fora o pedido de indenização (+/-R$20.000,00) e as multas (FGTS; INSS, etc) que podem alcançar mais outro tanto.
Só muita competência para pregar DESENVOLVIMENTO e AÇÃO com um futuro negro desses pairando sobre a comunidade enxadrística fluminense ali na esquina.
E, o pior dos mundos, NADA DISSO foi levado ao conhecimento da comunidade enxadrística. Por quê ?
É inegável que esses fatos NÃO poderiam deixar de ser do conhecimento dos clubes, seus dirigentes, seus filiados, enfim, de toda a comunidade enxadrística. Como votar conscientemente sem saber de tais fatos ?

Os fatos vão se avolumando e denotam, apenas, que quanto mais informações tivermos melhor será a apreciação da realidade que nos circunda.
Outros tantos poderíamos citar: até hoje ninguém viu o registro da ata que desfiliou o clube de xadrez mais antigo do Estado; E, por que não falar do NOVO ESTATUTO que deveria ter sido reapresentado para aprovação da AGE no final em Junho de 2007, como aquele órgão soberanamente decidiu, e até hoje, inacreditavelmente, não foi apresentado.
Há boatos de que fizeram o registro ao arrepio da AGE. Disso não temos notícia concreta, mas SE tal tiver ocorrido, pelo desplante de se sobreporem à AGE, então, além do documento ser todo nulo É CASO DE IMPUGNAÇÃO DAQUELES QUE FIZERAM TAL VILANIA.
Eu VOTO CONTRA a chapa da situação para mais uma reeleição, a QUARTA, porque seus condutores não conseguiram nesses mais de 10 anos constituirem a federação com um mínimo:
a) os 40 jogos de peças e relógios que existiam (informação do ex-presidente Salamon) foram se perdendo sem reposição;
b) o convênio com o governo do Estado no XADREZ NAS ESCOLAS acabou e ninguém viu o contrato até hoje, logo, não se pode apurar as condições que se estabeleceram;
c) até hoje a entidade não tem sede própria;
d) a contabilidade não é publicizada;
e) o gasto astronômico com a final do brasileiro seria melhor empregado na locação de uma sede e no financiamento de jogadores para disputarem a semi-final do brasileiro e, ainda sobraria dinheiro para pagar os direitos trabalhistas.

Enfim, o seu clube pode fazer a diferença nesse processo: VOTE CONTRA.

SE o VOTO CONTRA ganhar, evidentemente, todo o processo de eleição terá que ser revisto, impulsionando aqueles que estavam claudicantes a participarem e, mais que isso, a se unirem numa chapa de aglutinação do xadrez fluminense.

Os fatos acima narrados são suficientes para que o seu clube se sinta a cavalheiro para tomar a melhor decisão, agora, sem qualquer grilhão de acordo que tenha feito, pois, lhe omitiram fatos sobre os quais sua decisão teria sido outra.

VOTO CONTRA também porque a perpetuação no poder é ruim para o esporte, e, porque não dizer, para o processo democrático e de construção e dinamização deste esporte.

É importante destacar que as reeleições indenifidas são uma das obras mestras desta gestão. Antes não havia isso, e, nem era a história do xadrez neste estado que houvesse reeleições.

Blanco

segunda-feira, 7 de abril de 2008

ANOTAÇÕES DO NATAL E GOSTO PELO ESPETÁCULO

O turista diria que a realização de um torneio como a final do campeonato brasileiro é sinal de pujança deste esporte no Estado do Rio de Janeiro.

O pragmático, por outro lado, falaria que é sempre bom ter eventos importantes, sem saber ao certo explicar como isso beneficiou o xadrez local que não seja com fotos ou autógrafos dos participantes.

Alertados que em 2008 teremos eleições, ambos, irmanados, concluiriam que todo ano deveria ter eleições, pois só assim a festividade ocasional ficaria perene. Se pode tirar outra conclusão da organização da final do brasileiro feita pela Fexerj?

De qualquer sorte resta a pergunta: por que não foi feito em 2006; ou 2005; ou 2004; ou ...

Não nos esqueçamos que em 2008, além da eleição para a federação, cujo atual mandatário, desde 1997 na direção, tenta mais uma reeleição, teremos ainda eleições para a Confederação Brasileira de Xadrez (CBX), cujo presidente afirmou publicamente que não concorrerá a reeleição (Comunicado CBX nº 236 In http://cbx.org.br/_site/index.php?cbx=ler&notid=829).

Dito isso, algumas informações vitais têm que ser divulgadas para que os dirigentes de clubes possam concluir se a empreitada, de fato, ajudou o xadrez do Estado do Rio de Janeiro ou só serviu a interesses individuais.

Em primeiro lugar, as pré-condições impostas pela CBX a quem se propõe organizar tal evento são respeitáveis: premiação geral garantida de R$10.000,00; estadia e alimentação para todos os 12 competidores.

Em segundo lugar, para uma federação cujos mandatários não se cansam de apregoar que é falida, organizar tal competição beira ao contra-senso e, corolário, a irresponsabilidade contábil e administrativa.

É certo que ninguém admitiria cometer tal descaso em seu próprio clube. Deveríamos admiti-lo na federação ?

O pior é que a federação continua sem sede própria. Mas isso, certamente, não é um objetivo dos atuais mandatários. A prioridade é o espetáculo e não consertar a casa.

Alguns questionamentos urgem serem feitos para que possamos avaliar com serenidade a conveniência de se sediar a final do campeonato brasileiro nas condições ressaltadas acima.

PRIMEIRO, a CBX só considera automaticamente classificados para disputarem tal competição tão somente os 4 melhores posicionados da final anterior (2006). No caso do RJ, em particular, isso significou ZERO habilitados em todo o universo de jogadores atuantes no Estado.

Logo, todos os jogadores federados do Estado teriam que, obrigatoriamente, disputar classificatórios para a ou estar diretamente classificados para a semifinal, para se habilitarem a uma das SETE vagas abertas para a final.

E, aqui, o nó górdio e a encrenca: alguém estaria diretamente classificado para a semifinal ou todos teriam que passar por classificatórios ? A resposta é positiva para o campeão estadual. Mas desde que sua federação estivesse em dia com as obrigações financeiras com a CBX, o que representa aproximadamente R$240,00/ano.

Bom, como a Fexerj está em litígio com a CBX, recusando-se a pagar suas taxas, não tivemos qualquer jogador disputando a semifinal. As federações do Piauí e do Rio Grande do Norte, entre outras, por exemplo, não tiveram tal problema.

Afora a taxa, que é um requisito econômico, ainda haveria, óbvio, o requisito técnico, vale dizer, que é a realização de torneio estadual para se chegar ao campeão estadual. Aqui sim teríamos um impedimento intransponível, pois como sabemos o Estadual Absoluto organizado pelos atuais mandatários da federação SEMPRE ocorre após a realização da final do campeonato brasileiro, de sorte que ninguém se classificaria para a semifinal que foi jogada em Novembro! A final do Estadual de 2007 foi jogada em fins de janeiro de 2008!! E, a final de 2008 será jogada em janeiro de 2009!!!

DEVE HAVER UMA LÓGICA PROFUNDA QUE JUSTIFIQUE, ANO APÓS ANO, TAL ATITUDE.

Assim, a CONCLUSÃO que se pode tirar é que a comunidade enxadrística do Estado do Rio de Janeiro só foi convidada para participar da final do campeonato brasileiro na qualidade de financiadora e de platéia, pois não tivemos nenhum classificado para a final do brasileiro, tão somente um jogador convidado, logo, não tivemos nenhum classificado vindo da semifinal. Isso é, em verdade, uma desfaçatez com a história maiúscula do xadrez fluminense e com a capacidade de nossos enxadristas.

SEGUNDO, uma das políticas da CBX visa criar incentivos para que mais jogadores se mantenham em dia com seu cadastro de jogadores ativos. Assim, como se vê nos Comunicados nº 155 e 229 (http://cbx.org.br/_site/index.php?cbx=ler&notid=732) a cada 50 jogadores de uma mesma federação regulamente registrados abre-se UMA vaga para que a federação possa indicar um jogador para participar diretamente da semifinal do brasileiro. E a Fexerj com isso ? Em simples passada d’olhos no cadastro de jogadores ativos da CBX de 2008 se poderá constatar que a federação poderia ter utilizado tal prerrogativa.

Assim, o Estado do Rio de Janeiro poderia ter, no mínimo, DOIS jogadores disputando a semifinal do brasileiro de xadrez. O porquê de não se ter feito isso é a questão que fica no ar!!

A toda evidência, com DUAS vagas garantidas para a semifinal do brasileiro teríamos um excepcional incentivo para realizarmos um grandioso e movimentado campeonato Estadual Absoluto.

Além do mais, com tais condições, jamais vistas ou imaginadas pelos atuais mandatários da Fexerj, os jovens valores da capital e do interior estariam fortemente estimulados a maior dedicação devido a esta recompensa, bem como serviria igualmente para remobilizar jogadores consagrados de todo o Estado que estivessem afastados.

Enfim, se geraria um círculo virtuoso de oxigenação do xadrez em terras fluminenses com uma ínfima parte do dinheiro empregado na realização desta final subsidiando-se passagens, estadias e alimentação dos classificados. E a diferença seria empregada numa sede própria para a federação!!

Isso, sem dúvida, teria um efeito direto altamente benéfico nos clubes federados posto que valorizaria os campeonatos internos e seria forte estímulo na requalificação média dos jogadores, melhorando o xadrez praticado pelo corpo de associados de cada clube.

Se resolveram fazer ao revés é porque o gosto pelo espetáculo prepondera.

Buscamos alicerçar nossa OPINIÃO em fatos e na fé de que os clubes de xadrez é que devam ser a prioridade da ação da federação.

Se você ou alguém que conheça discorde do que aqui se expôs, pergunte-se o quê de concreto tal evento reverteu para o seu clube e jogadores a si filiados.

É possível fazer mais e melhor em benefício de todos e cada clube quer no interior quer na capital. Não se contente tão somente com o que lhe tem sido oferecido até hoje, pois é muito pouco. Apesar de razoável, não pense em salvar apenas o seu clube, ignorando que a sua decisão terá forte repercussão nos demais clubes filiados à federação. Reflita melhor e aposte verdadeiramente no seu clube ajudando a transformar o status quo reinante.

Os clubes unidos em prol do xadrez poderão construir uma federação melhor que a ora existente, sempre de costas aos legítimos e generosos interesses dos clubes que se dedicam diuturnamente em prol do xadrez, cortando um dobrado para se manterem ativos.

Por isso, PREGO o VOTO CONTRA a CHAPA INSCRITA (qual mesmo pois às vesperas do pleito não foi divulgada) e que representará a 3ª ou 4ª reeleição do atual mandatário da federação.

Blanco