segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Não vale j'adoube na FIDE

25 de Novembro de 2008.
Um pouco de compostura não faz mal a ninguém.
Na vida podemos ter adversários e, mesmo assim, termos uma convivência civilizada com todas as pessoas.
Alguns confundem divergência, levando as coisas para o lado pessoal. E, no transcurso se vêem obrigadas a vender suas almas ao diabo.
Cobras e lagartos são falados do adversário numa posição intransigente de ruptura sem volta. Até que algo acontece, e os inimigos figadais começam a se abraçar, pensando que os que assistimos a tanto descaramento não ficaremos chocados.
Nesse caminho, sem a menor compostura, a moral vai se degradando pouco a pouco.
E os amigos de sempre e os simpatizantes recém chegados, de boa fé, zelosos em buscar o melhor para o xadrez poderiam ser um porto seguro, apontando um futuro digno.
Mas, a vontade de se colocar acima de tudo e tentar levar vantagem em tudo, passando por cima de valores comezinhos, amizades de décadas, e novos admiradores, para alguns representa um passo sem o menor remorço.
Somente tamanha miopia poderia justificar j'adoubes aqui e acolá!
E olha que fazer o que se feaz achando que tudo no final dariaá certo é muita ingenuidade.
Agora, diante do fracasso que se anunciou na longínqua Dresden, quem achava que era Muito Importante terá que se vender e jogar com fantasmas ou robôs de rating fabricado. Chegará lá, com certeza, mas, de forma cada vez mais deprimente, decadente e desimportante.
Alguma tem preço, mas ver como o destino repara as coisas não tem preço! E nem foi preciso usar o cartão de crédito.
Blanco

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