Há algum venho reflexionando sobre aonde o Brasil poderia chegar nas Olimpíadas.
Penso que se utilizássemos o sistema suíço de emparceiramento, poderíamos atingir uma classificação muito acima da força de rating do time.
Lembro que o Brasil é o n. 24 dentre as 150 equipes competidoras.
Creio que alguns países se utilizam desse artifício para se cacifarem na classificação final. Isso pode não significar nada de concreto para além do prestígio inter pares.
De qualquer forma, acho que isso acaba, mal ou bem, se refletindo no xadrez interno de cada país.
Penso que o caso da França e Argentina na última olimpíada tiveram performance especiais.
Pode ser mera coincidência, mas procurem verificar no sitio
http://www.chess-results.com/tnr36795.aspx?art=2&rd=10&lan=10&flag=30&m=-1&wi=100 0
a escalada da FRANÇA até jogar, hoje, no primeiro tabuleiro.
Vejam, a França é o n. 10 em rating. Logo, seu tabuleiro correto é o n. 5. Compare-se, rodada a rodada, em quais tabuleiros os caras jogaram. Recorde-se que as olimpíadas tem 11 rodadas.
Se poderá verificar que ela jamais esteve além de suas forças até a rodada 9, se formos rigorosos. Se quisermos dar um desconto, então, somente na rodada 8 os caras atingiram a mesa a qual lhes corresponderia a força de rating.
Então, levando em consideração o viés rigoroso, a França jogou espetacularmente com o sistema suíço. Evidente que é uma estratégia arriscada e tudo pode dar errado.
Compare-se o caso de Portugal para ver um time azarado. Creio que tentaram o mesmo artifício, mas a uruca os perseguiu. Quando empatavam ou perdiam, caiam de mesa e acabavam pegando um adversário mais forte ou equivalente que ou tinha empatado ou perdido na rodada anterior.
Mas, há que se contar com um pouco de sorte. E esta bafejou o time francês. Na rodada 9 os caras enfrentaram o adversário "mais fraco" (Georgia) daqueles que lideravam, vale dizer, jogaram com um time, no máximo equivalente, e no mínimo estando na situação de favoritos.
Ganhou o match contra a Georgia e hoje teve o prazer de jogar no primeiro tabuleiro a "tudo por tudo" como dizem os portugueses (nós preferimos: ou tudo ou nada).
Perderam o match contra a Ucrânia, cujo time jamais saiu das primeiras meses em momento algum. E se desse uma zebra ?
São apenas considerações, mas, a derrota de ontem para a Itália, prejudicou demais a excelente campanha do Brasil. Um empate contra os italianos e uma vitória hoje nos teria relançado nas primeiras mesas, aonde poderíamos ter o prazer de jogar TUDO POR TUDO ou, se preferirem, Ou tudo ou nada, na ÚLTIMA RODADA!! Terminaríamos numa posição escandalosamente excelente para o nível do Brasil.
São meras divagações.
Acabo de ver que o Carlsen, n. 1 do mundo em rating, perdeu para um russo (digo, foi triturado) do time 4 da Russia. Com isso quero dizer que a mágica aconteceu nesse jogo. E se acontecesse na mesa 1 ?
Ontem quase aconteceu no feminino com a equipe Russa que estava com 100%.
Blanco
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
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